O Flu agora tem 51 pontos ganhos, contra 48 do Corinthians – com uma partida a menos em relação aos seus principais concorrentes. O Cruzeiro se aproximou da disputa pelo título, com 47. Mais distante, ainda sonhando com uma vaga na próxima Copa Libertadores da América, o Botafogo totaliza 41.
Corinthians e Botafogo voltarão a campo no próximo sábado, véspera de eleições presidenciais. A equipe paulista enfrentará o Ceará, novamente no Pacaembu. Já a carioca fará clássico contra o ameaçado Flamengo, no Engenhão.
O jogo – A torcida do Corinthians ganhou rapidamente um incentivo para aumentar a festa que fazia antes da partida. O time da casa precisou de três minutos para abrir o placar contra o Botafogo. Enquanto parte do público ainda se ajeitava nas arquibancadas, o meia Bruno César provava que se adequou à sua nova função.
Menos de uma semana depois de reclamar por atuar avançado, aberto na lateral direita, Bruno César recebeu ali uma assistência para finalizar. Não hesitou. Fez jus à semelhança com o ex-corintiano Tevez e chutou no melhor estilo do argentino: no ângulo, encobrindo o goleiro Jefferson.
Com o gol, o Corinthians encontrou tranquilidade para jogar. Até o sempre irrequieto Adilson Batista não se movimentava tanto em sua área técnica. O confronto só voltou a ficar mais nervoso em uma dividida entre Jorge Henrique e Fahel, que reclamou de uma cotovelada e reagiu com falta dura. O botafoguense foi punido com o cartão amarelo.
Aos poucos, o Botafogo começou a reagir. A primeira jogada de perigo dos visitantes ocorreu aos 12 minutos, quando Loco Abreu ficou sem marcação após cobrança de escanteio e concluiu no travessão. Foi o suficiente para Adilson Batista recobrar o seu comportamento usual e reclamar veementemente com seus defensores.
Loco Abreu não perdoou a falha seguinte da zaga do Corinthians. Aos 25, o ex-corintiano Herrera cruzou da direita, e o uruguaio subiu com liberdade dentro da área adversária. Cabeceou para as redes e fez com que a torcida do Botafogo presente no Pacaembu enfim fosse ouvida.
A equipe carioca acertou a sua marcação a partir de então. O time da casa criou outra boa chance para marcar apenas aos 35 minutos: Iarley se esticou na pequena área e bateu no pé da trave. Bruno César ainda reclamou de um pênalti no final do primeiro tempo, mas teve que se conformar com o empate no intervalo.
O Corinthians voltou para o segundo tempo com Paulinho no lugar de Ralf, machucado. Sem nenhuma alteração, o Botafogo recomeçou melhor a partida. Aos três minutos, Herrera acertou o gol em um lance rápido, mas o assistente levantou a sua bandeirinha e apontou um impedimento duvidoso do argentino.
No instante em que alguns torcedores começavam a se impacientar, o Corinthians voltou a aparecer no campo de ataque. Aos 15, Elias fez ótima assistência para Paulinho, que ficou à frente de Jefferson, mas concluiu em cima do goleiro e desperdiçou grande oportunidade.
O Corinthians pressionava, principalmente pelas laterais, porém Adilson Batista foi obrigado a mexer em seu time. Com dores, Roberto Carlos foi substituído por Danilo. Joel Santana colocou Renato Cajá e Caio nos lugares de Herrera e Lucio Flavio, com a expectativa de tirar proveito dos contra-ataques.
A última cartada de Adilson foi o argentino Defederico, pouco aproveitado em 2010, que entrou na vaga do desgastado Iarley. Não foi o suficiente para superar a forte marcação do Botafogo, que praticamente abdicou do ataque no final da partida e passou a valorizar bastante a posse de bola.
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